Se depender do Miragem, a Semana de Vela de Ilhabela pode esperar por disputas bem acirradas na ORC, entre os dias 7 e 15. O barco volta à maior competição de vela oceânica da América Latina com a mesma tripulação que conquistou o título da classe no ano passado, após uma disputa muito apertada.
Paulo Roberto Freire, Comodoro da Associação Brasileira de Vela Oceânica – ABVO, capitaneia a equipe formada por Guilherme Hammelman, campeão mundial de J24 vela grande, e Breno Osthoff, proeiro da tripulação campeã da última Buenos Aires – Rio. Além dele, estarão a bordo os velejadores Marcos Madeira, José Paulo Ilha, Gabriel Ribeiro, Henrique Back e Valdener Amaral. Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011 na classe Sunfish, Matheus Delagnello também está de volta no timão.
“A capacidade e o conhecimento que o Matheus tem da raia fez toda a diferença em Ilhabela no ano passado. Ele já havia ganhado a competição em 2013 com o Kiron e surpreendeu todo mundo, porque era um barco pequeno tripulado por uma equipe jovem”, destaca o comandante Paulo Roberto Freire. “Vamos manter praticamente toda a tripulação da campanha vitoriosa do ano passado, apenas um velejador será diferente. Nossa expectativa é de fazer uma boa participação, mais uma vez, e se divertir. E, claro, pegar um pódio se tivermos chance.”
Esta será a décima Semana de Vela para o Miragem.”Demos a ele o nome de Miragem por ser todo branco, com velas brancas, e ter aquela imagem meio difusa velejando no mar. Também porque miragem tem o sentido de sonho, de realização de um sonho, conta o comandante. Para a edição 2017 da competição, o barco precisou apenas de algumas pequenas melhorias e a troca de uma vela.
O barco, um BB40 construído no estaleiro MSul, é mais um Soto 40 a fazer sua medição na ORC, enquanto outros com o mesmo projeto migraram para a IRC, após a separação das regras das duas classes. Para o comodoro da ABVO, a divisão é positiva.
“A ORC está no Brasil há muitos anos, enquanto a IRC veio posteriormente. Para mantermos as duas classes, resolvemos separar as regras por perfil de tripulações. A IRC é mais simples, pesa o barco e tem menos medições. Já a ORC tem maior complexidade. Por isso, sugerimos que os barcos com tripulações profissionais ou semiprofissionais seguissem nela, enquanto os mais amadores, de barcos de cruzeiro, fossem para a IRC. Foi uma medida qe fez crescer as duas classes”, defende.
Paulo Roberto Freire destaca ainda a importância da Semana de Vela de Ilhabela como o grande evento da vela oceânica no Brasil. “É onde a vela se encontra, com barcos vindo do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Rio do Janeiro e de outros países. O nível técnico é altíssimo, e a ilha é um lugar muito bacana, onde as famílias também gostam de ir. Ilhabela está consolidada como “o” evento da vela no Brasil, e a ABVO dá todo o seu apoio.”
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