O clima será de estreia para o Argos na Semana de Vela de Ilhabela, a partir do dia 7. O barco foi recuperado recentemente, após quase um ano de abandono. E terá a bordo uma equipe jovem, formada por tripulantes de Ubatuba, alguns sem experiência em regatas. O desafio, longe de desanimar, deixa o comandante Jaime Cupertino empolgado para brigar pelo pódio.
“Eu tive um ILC 25 que conseguiu a proeza de ganhar a Regata de Alcatrazes por Boreste, numa Semana de Vela. Foi algo raro, porque sempre tive barcos muito pequenos. Pela primeira terei um barco competitivo”, comemora Cupertino. O Argos é fenomenal. Estava abandonado porque quebrou o mastro, mas nós o arrematamos no leilão e o recuperamos.”
A reconstrução levou cerca de seis meses. Seguindo o exemplo do catarinense Itajaí, também um barco de modelo S40 que havia pertencido ao campeão olímpico Torben Grael, o novo mastro colocado foi feito de alumínio, material mais econômico que o carbono. “Argos é o barco dos argonautas, na mitologia grega. Mas coloquei esse nome em homenagem ao meu sogro, que faleceu cedo. Ele me deu o meu primeiro barco, também chamado de Argos”, acrescenta o comandante.
Ele vem treinando pesado com a equipe para a disputa da Semana de Vela em Ilhabela. Mas ainda precisa resolver um dilema que pode definir seu resultado na competição: competir na IRC ou na ORC. “Quando fiz a inscrição, só tinha a medição em IRC. Ontem recebi a medição ORC. Sou partidário de todos os S40 correrem na mesma classe, seja ORC ou IRC. A minha tendência é correr com os outros S40. Por outro lado, o Itajaí, que é idêntico ao meu, vai correr na IRC. Por isso, vou conversar com o pessoal que tem o mesmo barco e tomar uma decisão”, analisa Cupertino.
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