O último dia de regatas da Copa da Juventude será realizado neste sábado (4) no YCSA – Yacht Club Santo Amaro, em São Paulo (SP).
A tradicional competição de base na modalidade reúne mais de 130 atletas de oito estados e tem a CBVela – Confederação Brasileira de Vela como organizadora ao lado do clube paulista.
Os jovens vão para a água da Represa do Guarapiranga a partir de 10h30 para definir os campeões em pelo menos duas classes. A disputa mais acirrada ficou para a 420 com quatro duplas do ICRJ – Iate Clube do Rio de Janeiro com chances de título.
A dupla Gustavo Glimm e Luisa Lepecki assumiu a liderança nesta sexta após 8 regatas, empatadas em 23 pontos com a Julia Cantarino e Sofia Berardo. Em terceiro lugar estão Joana Gonçalves e Gabriela Vassel, seguidas por Lucas Freitas e Victoria Back. Todos ainda possuem chances matemáticas de conquistar o título.
Na ILCA, classe mais numerosa da flotilha da Copa da Juventude, o atleta Felipe Fraquelli (VDS – Veleiros do Sul) ganhou o título de maneira antecipada. Representante do Brasil nos Jogos Sul-Americanos 2022, o velejador dominou o campeonato do começo ao fim, não dando chances aos mais de 60 adversários.
Após as regatas desta sexta-feira (3), Felipe Fraquelli já celebrava o ouro antecipado com seu pai na sede do YCSA. Com oito provas já realizadas, resta apenas uma para encerrar a competição, e o velejador da Veleiros do Sul não pode ser mais alcançado na pontuação (tem 14 pontos a menos que o segundo colocado, e a possibilidade de descartar o pior resultado).
”Hoje foram duas regatas, sendo que a primeira teve um vento mais fraco, enquanto na segunda já estava mais forte. Meu foco hoje foi evitar algum erro grande que pudesse comprometer o que vinha fazendo durante a semana inteira, e encerrei o dia com um ótimo resultado e o título garantido”, comentou Felipe Fraquelli.
A ILCA é a classe Laser que coroou no mundo Robert Scheidt, maior medalhista olímpico e representante do Yacht Club Santo Amaro. O YCSA batizou o nome de sua escolinha de vela com o nome de Robert Scheidt. O atleta foi campeão na categoria em Atlanta 96 e Atenas 2004, além da prata em Sydney 2000.
”A classe ILCA – antiga Laser – é uma das mais tradicionais do país, e é muito importante. Primeiro, pela quantidade desses barcos no Brasil. Outro detalhe é o fato de ter apenas um velejador, não tem a dificuldade de ter que velejar em dupla. E a logística da embarcação é simples e fácil de transportar”, explicou Volnys Bernal, diretor de vela do YCSA.
”E a classe ILCA tem uma tradição muito grande em formar excelentes velejadores para o país, Então ela é uma classe muito importante para completar o leque de opções para os veleiros tanto da juventude quanto das classes adultas”.
Na classe 29er, 12 regatas já foram realizadas, com os irmãos catarinenses Guilherme e Fernando Menezes mantendo a liderança após as provas realizadas nesta sexta-feira. Clara Meyer e Livia Valduga, que assim como os líderes, são do ICSC – Iate Clube de Santa Catarina, ocupam a segunda colocação e ainda seguem na disputa pelo título.
Outras duas classes também prometem fortes emoções para o último dia da Copa da Juventude após as provas realizadas nesta sexta-feira. Na IQFoil, Guilherme de Castro Queiroz (TEMPO) lidera após oito regatas, com seis pontos de vantagem para o segundo colocado, Gabriel Munhoz (TEMPO).
Já na classe Fórmula Kite, o atleta do YCSA Marcos Americano Rodrigues segue na frente após oito regatas, com cinco pontos de vantagem em relação a Lucas Pes Fonseca (OKP).
Apoio à vela Jovem
A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto com Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.
O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).
O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.
Sobre o YCSA
Localizado na cidade de São Paulo (SP) às margens da Represa de Guarapiranga, o YCSA é cercado por muito verde, compondo um cenário natural perfeito para a prática da vela. Berço de vários campeões mundiais, o YCSA carrega a tradição de uma biografia admirável ao lado da modernidade de suas instalações e barcos.
Fazer parte desse clube é ajudar a escrever uma história que começou em 1930 e que, desde então, tem marcado a vida de cada associado. Com estrutura náutica privilegiada, o clube conta com hangares modernos para estadia de embarcações à vela e motor, escola de vela com embarcações próprias, rampa de 25 metros de largura com baixa inclinação de acesso à represa, deck e píer com maravilhosa vista da represa, trator e guindaste para transporte de embarcações, marinheiros bem treinados e lanchas e botes de apoio.
O Yacht Club Santo Amaro tem 24 mil m² repletos de natureza e é conhecido dentro e fora do país por sua estrutura náutica de ponta, oferecendo as melhores condições para o aprendizado e prática da vela. O clube é reconhecido não só pelos seus atletas campeões, mas também por sediar eventos de vela nacionais e internacionais.
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.
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