O Campeonato Mundial de 470 teve início nesta segunda-feira (24) no Sdot Yam Sailing Club, na costa do Mediterrâneo, em Israel. A competição conta com 60 barcos de 20 países.
O Brasil está representado por quatro duplas mistas no tradicional evento da classe, que a partir de Paris 2024 passa a ser tripulada por um homem e uma mulher.
O melhor desempenho do dia entre os brasileiros foi dos gaúchos Rodrigo Duarte e Ana Barbachan na sétima colocação. Os dois venceram uma das regatas e somam 8 pontos perdidos. A liderança é da dupla alemã Luise Wanser e Phillip Autenrieth com 3 pontos perdidos.
Os baianos Juliana Duque e Rafael Martins estão em 23º depois de tirar um 5º, 11º e 19º. Os cariocas Henrique Haddad e Isabel Swan em 34º com 18º, 30º e 10º. E os gaúchos Fernanda Oliveira e Rodolfo Streibel em 36º com as posições de 14º, 31º e 15º.
O dia começou com vento fraco, com a última regata batendo 15 nós de vento, considerada intensidade média.
”Os resultados de hoje foram muito bons, mesmo sendo um dia difícil! Estamos bem felizes com nosso desempenho do dia e sobretudo com os itens que conseguimos melhorar durante os nossos treinos nos últimos meses!”, disse Ana Barbachan. ”Aqui em Israel deu tempo de ajustarmos bem o barco e treinar bastante”.
Antiga parceira de Ana Barbachan desde Londres 2012 até Tóquio 2020, a velejadora Fernanda Oliveira mudou a dupla por causa da nova regra olímpica. A timoneira gaúcha é a mais experiente de toda a flotilha de 470 em Sdot Yam.
Fernanda Oliveira é medalhista de bronze na classe em Pequim 2008 e representou o Brasil no 470 em todas as Olimpíadas desde Sydney 2000 até a última.
Enquanto Fernanda Oliveira corre o Mundial ao lado do conterrâneo Rodolfo Streibel, duas das antigas tripulações olímpicas da atleta, que são Isabel Swan e a já citada Ana Luiza Barbachan, também competem em Israel.
”Nosso objetivo é classificar todas as quatro equipes para a flotilha ouro, será difícil, mas todos têm chances disso. O primeiro dia foi clássico, encontramos as condições que havíamos enfrentado nos treinos. ”, disse Ricardo Paranhos, chefe de equipe brasileira no Sdot Yam Sailing Club.
Parte da equipe chegou a Israel na semana retrasada para os treinamentos do Mundial de 470. A competição vai até sábado (29).
O Brasil tem tradição na 470. Em Moscou 1980, Marcos Soares e Edu Penido conquistaram a medalha de ouro, a segunda da história do país em Jogos Olímpicos. Além disso, o primeiro pódio feminino da modalidade foi obtido em Pequim 2008 com Fernanda Oliveira e Isabel Swan.
O 470 está no programa olímpico desde Montreal 1976. É um barco com 4.70 m de comprimento, 4.40 m de comprimento na linha de água, 1.68 m de largura e mastro de 6.78m. Tem três velas de área 9.12 m², 3.58 m² e 14.30 m².
Foi inventado em 1963 pelo francês André Cornu e o seu casco é construído em fibra de vidro com peso total de 120 Kg, inclusa a mastreação e as velas. É um classe projetada para dois tripulantes (comandante e proeiro). O peso combinado ideal da tripulação é de 110–145 kg.
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.
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