Olá, leitores do LANCE. Já estamos na quarta etapa da Volvo Ocean Race, um caminho difícil entre a China e a Nova Zelândia. Nosso objetivo nesta perna é subir ao pódio e confirmar a evolução do MAPFRE no campeonato. Para quem não acompanhou, o time espanhol na regata de Volta ao Mundo mais emocionante de todas está em recuperação depois de um início não tão bom – em sétimo – e de duas etapas em quarto lugar. Eu acho que tanto o meu desempenho quanto o do time crescem a cada etapa. No início me sentia com dificuldade, principalmente na parte física. Fui convidado de última hora e não estava preparado para uma perna tão desgastante logo de cara. Nosso time também foi formado no fim das inscrições, mas mesmo assim buscamos melhorar sempre. A gente usou as regatas iniciais da competição como uma fase de preparação. É nítido o nosso entrosamento, pois as peças estão se engrenando. Acho que seremos um time que quando terminarmos a regata.
Eu realizo a bordo uma das funções mais importantes, que é a de timoneiro, que conduz, guia a direção da embarcação. Fui convidado para fazer isso e é o que mais faço durante as travessias e as regatas locais. No Brasil, eu também corro nesse posto quando participo das semanas de Ilhabela, por exemplo.
A quarta etapa terá quase dez mil quilômetros e deve demorar três semanas. Largamos no domingo com destino a Auckland, a conhecida Cidade das Velas. Será uma perna com mais vento dos que as anteriores. Nossa maior dificuldade será, mais uma vez, cruzar a Linha do Equador. Em qualquer parte do mar, essa linha imaginária tem suas pegadinhas. Podemos ter momentos de instabilidade, que se traduzem em loteria. Quem tiver mais sorte sai mais rápido dessa área.
Estamos chegando no Brasil já já, Em abril, a flotilha da Volvo Ocean Race desembarca em Itajaí, no meu estado de Santa Catarina. Claro que não vejo a hora de chegar, mas penso sempre etapa por etapa. Primeiro quero chegar e vencer a perna até a Nova Zelândia.
Conto com a torcida de todos….