A Fórmula E retoma as corridas em 5 de agosto em Berlim, com seis corridas em nove dias em três circuito definidos para decidir quem será o vencedor do Campeonato ABB FIA Fórmula E 2019/20, na final de temporada mais intensa na história do automobilismo.
Equipes e pilotos estavam sem informações sobre como as corridas iriam acontecer, com os organizadores avaliando as configurações das pistas para serem usadas no Aeroporto de Tempelhof dentro de duas semanas.
Cada rodada dupla usará um layout diferente, apresentando oportunidades para estratégias distintas e fornecendo as condições perfeitas para criar corridas de rua totalmente elétricas imprevisíveis e emocionantes da Fórmula E.
TRÊS PISTAS
As corridas seis e sete serão as primeiras a serem disputadas nos dias 05 e 06 de agosto, com o circuito do Aeroporto de Tempelhof rodando no sentido horário, ao contrário.
Os 24 pilotos da Fórmula E correrão pelo familiar e já tradicional circuito da capital alemã – traçado que apareceu pela primeira vez no calendário da categoria na temporada inaugural (2014/15) – nas corridas oito e nove, que serão realizadas nos dias 08 e 09 de agosto.
Na sequencia, serão feitas adaptações necessárias em um período de 24 horas após as duas corridas do fim de semana, nas quais os escoamentos, meio-fio, barreiras e canais de transmissão, todos serão alterados para as duas etapas decisivas.
Para encerrar o confronto sem precedentes para a sexta temporada, as corridas 10 e 11 ocorrerão em um terceiro traçado mais técnico de Berlim, com um setor intermediário e final mais apertado, o que será um desafio inédito no Aeroporto de Tempelhof para equipes, pilotos e organizadores.
UMA CORRIDA COMO NENHUMA OUTRA
“É um grande empreendimento em termos de produção configurar três corridas diferentes para este evento, com menos pessoas no local para poder realizar essas mudanças”, disse Frederic Espinos, diretor esportivo da Fórmula E. “Estamos fazendo algo que nunca foi visto antes no automobilismo mundial e é um exemplo de quão reativa e inovadora é a Fórmula E – está em nosso DNA.”
“Corrida nos dois sentidos tem muitas implicações. Não é apenas girar todos os marcadores de frenagem e as caixas do grid. Outras séries internacionais queriam que isso acontecesse, mas suas propostas foram rejeitadas.”
“Tivemos que garantir que toda a tecnologia de transmissão, sobreposições, marcas, medidas de segurança, barreiras, meio-fio e escoamento funcionassem adequadamente para isso – além de viabilizar as alterações em apenas 24 horas, com recursos reduzidos.”
“A terceira pista será mais técnica, totalmente diferente em termos de gerenciamento de energia e com o que as equipes estão acostumadas ou esperando para essa decisão.”
“Desde o início, nosso objetivo era dificultar suas vidas ao máximo em Berlim, limitando a eficácia de seu trabalho de simulação e lançando estratégias no ar. As configurações dos carros precisarão mudar, o gerenciamento de energia e a regeneração serão completamente diferentes e as equipes terão que repensar os seus planos.”
“Haverá muitas possibilidades para os pilotos e engenheiros se destacarem antes das corridas, e eu sinto que os fãs dos espetáculos da Fórmula E estão familiarizados e que vamos avançar ainda mais com esse pacote adicional de incógnitas”.
SEMPRE INOVADOR
O projeto “NILREB” para reverter o circuito de Tempelhof estava em andamento antes da pandemia global, com a equipe esportiva da Fórmula E sempre procurando surpreender os competidores e os fãs assistindo.
“A FIA e as autoridades alemãs do automobilismo nos apoiaram construtivamente, permitindo que nossa experiente equipe de engenheiros de pista tornasse isso possível e somos gratos por seu apoio e cooperação”, disse Espinos.
“O NILREB estava em andamento antes da situação atual. Nossa ideia era fazer um dia no sentido horário, e no dia seguinte no sentido anti-horário. Começamos a trabalhar na virada do ano e montamos um grupo de trabalho no final de fevereiro.”
“Estávamos trabalhando algumas ideias boas e econômicas. Estávamos trabalhando nessa ideia antes das circunstâncias atuais, pois estamos sempre tentando ao máximo surpreender as pessoas e fazer algo inovador.”
PREVENÇÃO DE RISCOS
A Fórmula E e a FIA têm trabalhado em estreita consulta com equipes e autoridades locais para definir um plano robusto para concluir o campeonato de maneira segura. Para prevenção de riscos, a Fórmula E está implementando rigorosas medidas de segurança, incluindo corridas a portas fechadas, com apenas o pessoal essencial e os concorrentes viajando para o evento.
De acordo com as diretrizes do governo alemão, haverá um número máximo de 1.000 pessoas no local a qualquer momento, incluindo fornecedores locais e equipes médicas, com cada equipe de Fórmula E com um numero limitado de profissionais. Todas as outras operações serão realizadas remotamente.
Os principais protocolos de saúde e segurança incluem testes obrigatórios de coronavírus antes das corridas, bem como exames no local todos os dias após a chegada à pista. A Fórmula E também aplicará ativamente o uso de máscaras faciais, distanciamento social e limitará o movimento entre os espaços de trabalho com zonas claramente definidas para diferentes profissionais nos eventos.