Daqui a 28 dias terá início a sexta temporada da Fórmula E. E enquanto os 24 pilotos não vão para a pista, vamos relembrar a primeira grande disputa entre dois nomes que marcam a história da categoria: Lucas di Grassi e Sébastien Buemi.
Ambos já haviam participado da disputa do primeiro título da história da Fórmula E, o qual ficou com o brasileiro Nelson Piquet Jr. E na temporada seguinte, protagonizaram uma intensa disputa, literalmente volta a volta.
Lucas di Grassi chegou em Londres para a rodada dupla e decisiva da segunda temporada da Fórmula E com apenas um ponto de vantagem em relação ao segundo colocado do campeonato, Sébastien Buemi.
Na primeira corrida do fim de semana, Nico Prost, companheiro de Buemi na Renault e.Dams fez a pole position e venceu a prova, seguido por Bruno Senna, relembrando a rivalidade história das lendas Prost e Senna na F1 no final da década de 80 e início dos anos 90.
O brasileiro Lucas di Grassi terminou a prova em quarto, justamente uma posição a frente de seu adversário na luta pelo título, Sébastien Buemi, e aumentando a diferença em mais dois pontos, totalizando três de vantagem.
Porém, Di Grassi viu a vantagem desaparecer no treino classificatório do segundo eprix do fim de semana, quando Buemi conquistou a pole position, garantindo três pontos e deixando tudo empatado.
Mesmo assim, Di Grassi tinha vantagem nos critérios de desempate, e por isso, se nenhum dos dois pilotos pontuassem na última prova, o título seria dele. E foi justamente isso que causou um tremendo alvoroço, quando na primeira volta, o brasileiro (que largou em terceiro) colidiu com Buemi.
Enquanto o piloto suíço acusou o brasileiro de ter provocado o acidente de propósito para ficar com o título, Di Grassi justificou o incidente, afirmando que os pilotos a sua frente frearam cedo demais, e por isso, a batida foi inevitável.
Ambos os pilotos voltaram a pista com o carro reserva, e como era praticamente impossível terminar entre os dez primeiros colocados, só restava uma única forma de pontuar e desempatar a disputa pelo título na pista: marcar a melhor volta e faturar um ponto.
E então, a estratégia de ambos foi justamente essa: esperar nos boxes o melhor momento para voltar a prova e cravar a volta mais rápida. Di Grassi chegou a atingir a marca, e até tentou atrapalhar seu adversário em alguns momentos, mas no final, acabou sendo superado por Buemi, que cravou o tempo de 1:24.150, que lhe rendeu o título da segunda temporada da Fórmula E.