Patrícia Farias foi destaque em reportagem do Jornal O Tempo, de Minas Gerais, sobre o Desafio do Lago Titicaca.
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Brasileira supera água na casa dos 10 graus em travessia do Lago Titicaca
Trecho entre Bolívia e Peru teve correnteza contrária e desafio mental como obstáculos antes de recepção da atleta, que virou atração em pequeno vilarejo
05/03/19 – 16h42
O frio de uma água em torno dos 10 graus, a altitude e manter a mente sem cair em armadilhas foram os principais desafios da maratonista Patrícia Farias. Na última semana, a carioca completou o percurso de 20km nas águas sagradas do Lago Titicaca, entre a Bolívia e o Peru. Ela foi a primeira vez a completar o trecho, que teve tempo de 4h16min. Patrícia virou atração na cidade de Yunguyo, no Peru e a recepção que recebeu, minutos antes da prova, gerou atraso na largada.
“A largada atrasou um pouco. Com isso, fiquei um pouco tensa, porque o tempo estava mudando e tinha nuvens carregadas. Assim que começou a prova, iniciei de forma tranquila, conforme orientação do meu técnico. Depois de uma hora senti a água bem gelada. Tive que driblar esse pensamento, focar no nado. De repente abriu um sol que me animou. Quando faltava 5Km, o lago começou a mexer mais e peguei uma correnteza contrária. Tive que acabar mudando o nado. Quando eu estava próxima da chegada, eu vi uma multidão e aquilo me deu um gás. Dei um tiro de uns 50 metros. Só tenho que agradecer porque a recepção, foi tudo maravilhoso, uma experiência sensacional”, relata.
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A presença de Patrícia foi aproveitada para realização de visitas em escolas dos dois países. Além disso, os organizadores contaram com o mais novo feito para fortalecer a ideia de preservação das águas e do meio ambiente em volta do lago.
“Estou sem explicação para tamanha emoção. São muitos agradecimentos. Ao meu treinador, aos meus amigos e familiares, apoiadores, que estavam mandando
mensagens e estavam na torcida o tempo todo. Ao município de Yunguyo e Copacabana, por terem nos recepcionado tão bem na chegada da cidade e após a travessia. Teve uma equipe média pronta que me atendeu. Houve uma recepção linda. Foi incrível nadar e poder falar que já atravessei o lago sagrado dos incas. Vou levar para vida isso”, agradece Patrícia.
O técnico de Patrícia, Guilherme Siga, elogiou o desempenho da sua atleta, que foi bastante exigida nos treinamentos. “Foram treinos puxados. Forcei bastante mesmo, não sabíamos o que vinha pela frente, como seria a adaptação da Paty na altitude e deu tudo certo. Foi muito gratificante treinar a Paty, uma atleta de ponta. Acredito que ambas as partes tiveram uma sintonia muito boa. Aprendemos muito um com o outro. O entrosamento evoluiu bem, foi um prazer enorme treiná-la” destaca.