Não se trata de uma reportagem sobre a realeza francesa, até porque eles não são muito chegados! Lembra da Revolução Francesa cortando cabeças? Pois bem, vamos aos fatos. O barco Maxi Prince de Bretagne – tradução para o Príncipe da região da Bretanha – foi resgatado pela Marinha do Brasil nesta quinta-feira (16) após ficar à deriva por mais de 10 horas no litoral baiano, faltando menos de 200 quilômetros para concluir a regata.
Na noite anterior, o multicasco de 80 pés perdeu o mastro e a dupla Lionel Lemonchois (França) e Bernard Stamm (Suíça) se viu obrigada a pedir ajuda, já que a corrente estava empurrando o barco para os rochedos famosos na região de Palame. Os velejadores não tinha energia a bordo, apenas um telefone via-satélite e um rádio VHF.
A organização da Transat Jacques Vabre acionou a Marinha do Brasil para o resgate, que foi bem sucedido horas depois. A notícia logo se espalhou e umas das primeiras a saber foi a esposa de Lionel Lemonchois, a soteropolitana Luse Fagundes.
”A profissão de navegador corre riscos, mas você nunca está preparada. Os minutos viram horas. É uma sensação que não dá para explicar. É triste perder a regata no final, pois é um trabalho em equipe”, disse Luse Fagundes, que mora na França com o marido Lionel Lemonchois, um dos velejadores mais experientes do circuito.
”Foi um alívio encontrar os dois. O importante não é o material e sim a pessoa estar com saúde”, falou Luse Fagundes ao lado do marido.
Para Lionel Lemonchois, a ação da Marinha do Brasil foi especial. ”Agradecimento especial para a Marinha do Brasil. Estávamos em segurança, mas a corrente estava puxando a gente. Por sorte conseguimos”.
O navio patrulha usado na operação foi o Guaratuba, que fica de prontidão na Base Militar de Aratu, na Baía de Todos-os-Santos. O Yacht Clube da Bahia também estava de prontidão no apoio.