Com medalhista olímpica, classe 470 estreia em Paris 2024

Classe 470 passa a ser mista na Olimpíada e Isabel Swan uniu forças ao campeão mundial Henrique Haddad

As regatas olímpicas desta sexta-feira (2) marcaram a estreia da classe 470 de Paris 2024.

Agora tripulado por um homem e uma mulher, a categoria é a mais antiga do calendário dos Jogos.

A 470 já rendeu medalhas ao Brasil, com o ouro de Marco Soares e Edu Penido em Moscou 1980, e o bronze de Fernanda Oliveira e Isabel Swan em Pequim 2008.

Atleta de Niterói (RJ), Isabel Swan está de volta e agora ao lado de Henrique Haddad na 470, que pela primeira vez passa a ser mista. Gigante, como é conhecido, o atleta foi campeão mundial de Snipe e dos Jogos Mundiais Militares, além de correr as últimas olimpíadas na mesma categoria.

”Tenho muito orgulho de ter sido a primeira mulher medalhista nesse esporte que tanto amo e de ver mulheres incríveis como Martine Grael e Kahena Kunze como as atuais bicampeãs olímpicas. Além disso, temos os queridos Robert Scheidt e Torben Grael, os maiores medalhistas brasileiros de todos os tempos”, contou Isabel Swan.

Foram disputadas duas regatas na raia Marselha de 470 misto e a dupla ficou em 12º nas duas, fechando na 15ª colocação. Ainda não entrou o descarte do pior resultado.

A liderança na classe 470 mista é dos japoneses Keiju Okada e Miho Yoshioka com 3 pontos perdidos. Na sequência aparecem os espanhóis Jordi Hernandez e Nora Cabot com 11 e os alemães Simon Diesch e Anna Markfort com 12. A fase de classificação deverá contar com dez regatas e depois a medal race com os Top10.

Nesta sexta-feira (1º), Gabriella Kidd subiu de posições na classe ILCA 6 e está na 10ª colocação. O cronograma teve duas provas com a brasileira chegando em sexto e 15 lugares, somando 21 pontos.

A liderança é da holandesa Marit Bouwmeester com 3 pontos perdidos, seguido pela francesa Louise Cervera com 5 e a finlandesa Monika Mikkola com 7 pontos perdidos.
Na versão masculina da Laser, Bruno Fontes está em 29º após quatro regatas com 67 pontos perdidos. Quem lidera é o australiano Matt Wearn com 15 pontos perdidos, seguido pelo croata Filip Jurisic e o peruano Stefano Peschiera empatados com 18 pontos perdidos.

O dia em Marselha teve a medal race da 49erFX com as brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze terminando a prova em quinto e a Olimpíada em oitavo lugar.

Na medal race, as holandesas Odile Van Asnholt e Annette Duetz confirmaram o favoritismo e levaram o ouro, finalizando a regata em terceiro. Elas entraram atrás do placar contra as atletas francesas, mas conseguiram se recuperar e levar o primeiro lugar. A prata foi para as suecas Vilma Bobeck e Rebecca Netzler e o bronze para as francesas Sarah Steyaert e Charline Picon.

”As conquistas e o legado deixado por nossas bicampeãs olímpicas são inegáveis. Elas são uma inspiração para as novas gerações e mostram que com dedicação, talento e trabalho duro, é possível alcançar grandes feitos no esporte. A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) tem desempenhado um papel fundamental na renovação e no desenvolvimento de novos talentos, garantindo que o esporte continue a crescer e a brilhar no cenário internacional”.

”Mesmo que a medalha no 49erFX não tenha vindo nesta Olimpíada, as vitórias anteriores e a trajetória delas permanecem como exemplos de excelência. Essa base sólida e o legado deixado pelas campeãs certamente motivarão e prepararão os futuros velejadores brasileiros para continuar conquistando títulos e honrando o Brasil nas competições internacionais”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

No masculino da classe 49er, Marco Grael e Gabriel Simões fecharam os Jogos de Paris 2024 em 19º. O ouro foi para a dupla da Espanha formada por Diego Le Chever e Florian Trittel Paul, a prata para os neozelandeses Isaac McHardie e William McKenzie e os time dos EUA com Ian Barrows e Hans Henken ficou com o bronze.

No dia anterior, o paulista Mateus Isaac encerrou sua participação em Paris 2024 com o 16º lugar na IQFoil, prancha que estreou no calendário olímpico neste ano. O Brasil não teve representantes no IQFoil feminino.

No sábado (3), a classe Nacra 17 faz sua estreia com a dupla mista formada por João Siemsen e Marina Arndt. Bruno Lobo, da classe Fórmula Kite, será o último brasileiro da vela a competir nos Jogos de Paris 2024, no domingo (4).

Histórico de Medalhas

A vela é uma das modalidades que mais trouxe medalhas ao Brasil na história das Olimpíadas. O país conquistou 19 medalhas, sendo oito de ouro. A Equipe Brasileira de Vela tem como chefe da delegação Walter Böddener, além do head coach e bicampeão olímpico Torben Grael.

Parte dos atletas participa de eventos internacionais apoiados pelo termo de fomento à vela olímpica em parceria com a CBVela. O objetivo é a preparação da Equipe Olímpica Principal de Vela e a participação nos campeonatos internacionais. O número do convênio é 930972/2022.

Paris 2024 Olympic Sailing Test Event, Marseille, France. Day 7 Race Day on 15th July 2023.

Resultados aqui

Posição final
IQFoil
Mateus Isaac – 16º lugar

49er FX
Martine Grael e Kahena Kunze – oitavo lugar

49er
Marco Grael e Gabriel Simões – 19º lugar

Posição atual

ILCA 7
Bruno Fontes – 29º lugar

ILCA 6
Gabriella Kidd – 10º lugar

470 misto
Isabel Swan e Henrique Haddad – 15º lugar

NACRA 17 misto
João Bulhões e Marina Arndt

Fórmula Kite
Bruno Lobo

Medalhas olímpicas brasileiras

Ouro

Moscou 1980: Eduardo Penido e Marcos Soares (470)
Moscou 1980: Alexandre Welter e Lars Björkström (Tornado)
Atlanta 1996: Robert Scheidt (Laser)
Atlanta 1996: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Atenas 2004: Robert Scheidt (Laser)
Atenas 2004: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Rio 2016: Martine Grael e Kahena Kunze (49er)
Tóquio 2020: Martine Grael e Kahena Kunze (49er)

Prata

Los Angeles 1984: Torben Grael, Daniel Adler e Ronaldo Senfft (Soling)
Sydney 2000: Robert Scheidt (Laser)
Pequim 2008: Bruno Prada e Robert Scheidt (Laser)

Bronze

Cidade do México 1968: Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)
Montreal 1976: Peter Ficker e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)
Seul 1988: Torben Grael e Nelson Falcão (Star)
Seul 1988: Clínio Freitas e Lars Grael (Tornado)
Atlanta 1996: Kiko Pelicano e Lars Grael (Tornado)
Sydney 2000: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Pequim 2008: Fernanda Oliveira e Isabel Swan (470)
Londres 2012: Bruno Prada e Robert Scheidt (Star)

Sobre a CBVela

A CBVela é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

A entidade foi a primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e a incorporar a agenda global da sustentabilidade – a Agenda 2030, com seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – ao seu planejamento estratégico.

Sobre o VelaID

Lançado em 2023, o VelaID é a principal plataforma de relacionamento entre todo o ecossistema da Vela Brasileira. A plataforma é voltada para velejadores e entusiastas que desejam estar conectados com o esporte. Entre as principais funcionalidades, a plataforma atuará como o principal HUB de eventos da entidade.

Para realizar o cadastro gratuito e conhecer os eventos da CBVela, acesse velaid.com.br

Entre em contato com a equipe On Board Sports:
Flávio Perez
flavio.perez@cbvela.org.br
+55 11 99949-8035

Compartilhe

CATEGORIAS

Mais posts

Nos envie uma mensagem