Vela brasileira cresce com investimento na formação de atletas no infanto-juvenil

A base vem forte! Resultados no Mundial de Optimist colocam Brasil entre as potências na vela infantil

Com apoio da CBVela – Confederação Brasileira de Vela, a nova geração da modalidade se prepara para os grandes campeonatos nacionais e internacionais, sem deixar de lado a formação a longo prazo de atletas para Olimpíadas e Mundiais.

Os resultados dos velejadores de até 15 anos da Optimist nesta temporada animam treinadores e dirigentes da vela.  A classe é de introdução ao esporte e já revelou os grandes campeões atuais do país como Robert Scheidt, Martine Grael e Kahena Kunze.

O Núcleo de Base da CBVela e da Secretaria Especial do Alto Rendimento atende a vela jovem brasileira realizando acampamentos, clínicas, treinamentos especiais, além de acompanhar as crianças e adolescentes em eventos pelo mundo. O trabalho é voltado para que os competidores mais novos cheguem bem preparados em campeonatos de ponta, como os Jogos Olímpicos de Paris 2024, Los Angeles 2028 e Brisbane 2032. 

No Mundial de Optimist de Bodrum realizado neste mês, por exemplo, o Brasil registrou uma de suas melhores participações dos últimos anos. Em 2022, o time na Turquia era bastante jovem, considerando que quatro dos cinco velejadores ainda têm mais dois anos na classe.

O catarinense Davi Neves foi campeão infantil e Top 10 no geral. Seu resultado entre os primeiros colocados chamou a atenção na Turquia, levando em conta a sua idade de 11 anos. O limite da categoria é 15! ”Foi o meu primeiro mundial, uma boa troca de experiência com atletas de outros países. Muito legal poder ter participado desse evento internacional”, falou Davi Neves.

Arthur Back ficou entre os 20 primeiros e Zion Brandão entre os 100. O feminino também ajudou a impulsionar o resultado da equipe brasileira de vela, com Joana Kubelka Freitas ficando com a terceira colocação entre as meninas e Melissa Paradeda no Top 10. O Mundial teve 276 atletas divididos entre quatro baterias representando 54 nações.

”O crescimento feminino no OP penso ser fruto do ambiente náutico ser mais receptivo. E como tem tido muitas meninas, isso acaba estimulando outras a velejar também”, disse Lígia Becker, representante da OPTIBRA – Associação Brasileira dos Velejadores da Classe Optimist. ”A vela começa a ser vista como um espaço de igualdade, onde tanto meninos quanto meninas não só podem participar como também se destacar e ter bons resultados”.

Nas regatas realizadas em Bodrum, na Turquia, Erik Scheidt, filho do bicampeão olímpico Robert Scheidt, ficou na sétima colocação. O jovem competiu pela Lituânia por causa da mãe Gintare.

Veja todos os resultados aqui

Os jovens brasileiros do Optimist já estão de olho em eventos de grande porte nos próximos meses. Na semana que vem, quatro representantes do país viajam para o Campeonato Europeu da classe, que será em Sønderborg, na Dinamarca, de 30 de julho a 6 de agosto. Os atletas serão: Felipe Vicente, Enzo Ricardi, Maria Brum e Valentina Guimarães.

No final de setembro, mais cinco jovens velejadores vão para o Campeonato Africano de Op na Cidade do Cabo. Os escalados são Juliana Bastianelli, Heloísa Gonçalves, Beatriz Raposo, Matteo Bosso e Valentina Frediani.

Em outubro será realizado o Sul-Americano no Iate Clube do Rio de Janeiro com 40 velejadores representando o Brasil. Serão aproximadamente 150 velejadores de 11 países. E em novembro irá acontecer o Norte-Americano com 15 representantes do Brasil.

”A vela, antes de ser um esporte, é um estilo de vida que fornece um ambiente saudável, divertido e familiar, principalmente para as crianças. Por isso nossa preocupação na formação, não apenas para ter atletas competindo em grandes campeonatos, mas para que a cultura náutica cresça ainda mais”, contou Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

O que é o Optimist?

A classe Optimist é uma das mais praticadas na vela mundial por ser uma categoria de introdução à modalidade. O barco de 2,34 metros é fácil de tocar e oferece segurança para a garotada de até 15 anos aprender as principais funções de um monotipo. Além de ser um barco de iniciação à vela e de excelente custo benefício, o formato impede velocidades elevadas, garantindo, assim, a segurança do Optimist. 

O veleiro suporta até 60 quilos e pode ser conduzido por pequenos de 7 a 15 anos. O nome, traduzido do inglês, quer dizer otimista. Hoje, a organização que cuida da categoria mundialmente estima que mais de 100 mil crianças tenham um modelo. 

OptiBRA

A OptiBRA é a Associação Brasileira dos Velejadores da Classe Optimist e tem por finalidade principal o desenvolvimento da Vela infanto-juvenil pela prática segura na Classe Optimist em todo o território nacional. Também atua para incentivar, orientar, dirigir, promover, fiscalizar e divulgar a prática da Vela de competição na Classe Optimist. 


Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

Entre em contato com a equipe de comunicação da CBVela:

Flávio Perez – assessor de imprensa da CBVela

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Katarine Monteiro – atendimento de mídia CBVela

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