A quinta temporada foi recheada de novidades e contou com um incrível equilíbrio nas primeiras oito provas. Mas ao final, Vergne se manteve no trono da Fórmula E
A quinta temporada da Fórmula E foi diferente de todas as anteriores. Foi a competição que marcou a estreia do Gen2, o novo carro da categoria, com um visual futurista, mais veloz e com maior autonomia de bateria, eliminando a necessidade da troca de carros durante as provas.
Para o grid, alguns nomes já conhecidos de outras categorias, como Gary Paffett, e os ex-F1 Pascal Wehrlein, Stoffel Vandoorne e o brasileiro Felipe Massa.
Oito pilotos diferentes venceram as oito primeiras provas da sexta temporada da Fórmula E, todos de nacionalidades diferentes. Entre as equipes, apenas a Envision Virgin Racing conquistou duas vitórias nesta sequência, uma com Sam Bird e outra com Robin Frijns.
Mas, na nona prova do campeonato em Mônaco, Jean-Eric Vergne (DS Techeetah) começou a se destacar diante dos demais adversários, vencendo no principado e assumindo a liderança da competição.
Atual campeão, o piloto francês conquistou mais dois pódios: um terceiro lugar em Berlim (prova vencida por Lucas di Grassi), e a terceira vitória na temporada, em Berna, que fez com que Vergne chegasse a rodada dupla de Nova Iorque com a maior vantagem de um líder em relação a um segundo colocado nesta situação: 32 pontos.
Ou seja: mesmo que não pontuasse na primeira corrida do fim de semana em Nova Iorque, e o segundo colocado Lucas di Grassi conquistasse um hat-trick (pole position, vitória e volta mais rápida), JEV continuaria líder do campeonato na corrida decisiva.
E de fato, Vergne não pontuou na primeira corrida do fim de semana. O atual campeão terminou a prova apenas na 15ª colocação, quando se envolveu em um acidente com Felipe Massa na última volta, pela oitava colocação.
Em contrapartida, Di Grassi largou apenas em 14º e teve que fazer uma prova de recuperação, cruzando a linha de chegada em quinto, diminuindo em dez pontos a diferença. A vitória ficou com Sébastien Buemi (Nissan e.Dams), seguido por Mitch Evans (Panasonic Jaguar Racing) e Antonio Félix da Costa (BMW i Andretti Motorsport).
Na segunda corrida, Di Grassi e Vergne dividiram a mesma fila, largando na 11ª e 12ª colocação, respectivamente. E permaneceram próximos durante boa parte da prova, com o brasileiro a frente, mas sempre acompanhado de perto pelo francês.
Nas voltas finais, Di Grassi passou a travar uma intensa batalha com Mitch Evans pelo sexto lugar e ambos acabaram batendo, terminando de vez com a disputa pelo título da temporada e confirmando o inédito bicampeonato de Jean-Eric Vergne.
“A sensação de ser bicampeão da Fórmula E é especial, porque essa temporada foi como se nós religássemos tudo, com um novo carro e formato. Foi quase como fazer tudo de novo, de muitas formas”, declarou o único bicampeão da história da categoria.
A vitória do último ePrix da sexta temporada ficou o holandês Robin Frijns, enquanto Alexander Sims e Sébastien Buemi completaram o pódio. Para o suíço da Nissan e.Dams, o terceiro lugar garantiu o vice-campeonato, superando Di Grassi.