Ilhabela (SP) sediará o Mundial de Snipe 2019 de 1º a 12 de outubro.
A competição internacional reunirá mais de 80 duplas de 12 países na Escola de Vela Lars Grael.
Já estão confirmados velejadores de Argentina, Bélgica, Brasil, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Itália, Japão, Noruega, Peru, Portugal e Uruguai.
O evento abre com as disputas do Mundial Junior e, entre os dias 8 e 12 de outubro, as regatas com os atletas do sênior.
Entre eles, estão os últimos campeões da categoria no Brasil, além da dupla medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, formada por Juliana Duque e Rafael Martins.
”Ilhabela é a Capital Nacional da Vela e está acostumada a receber grandes eventos da modalidade. Hoje tem uma boa estrutura e mão de obra qualificada para trabalhar em eventos deste porte”, disse o medalhista olímpico Bruno Prada, organizador do Mundial de Snipe 2019.
A ilha do litoral norte paulista recebe há 46 edições a Semana Internacional de Vela, principal evento da modalidade.
Nesta temporada, também, a própria Escola de Vela Lars Grael sediou o Brasileiro de Optimist, evento com mais de 200 crianças na categoria de introdução.
”Na minha opinião, Ilhabela foi escolhida por ser referência de bons hotéis e restaurantes, além de ser um lugar maravilhoso para velejar. Organizar um campeonato mundial é sempre uma grande responsabilidade e que começa seis meses antes com a organização do evento e logística das equipes”.
Ilhabela foi definida como sede da competição pela Snipe Class International Racing Association após concorrência. O Mundial de Snipe é realizado de dois em dois anos.
”O Mundial representa muito para Ilhabela. É a classe mais tradicional da vela internacional no Brasil. Já realizou nos anos 70 alguns mundiais por aqui, como no Rio de Janeiro. Outro em Porto Alegre e recentemente teve mais um na cidade maravilhosa. Chegar em Ilhabela coroa o trabalho de um lugar que trabalhou por anos para ser a capital da vela brasileira”, contou Lars Grael, medalhista olímpico e campeão mundial de Snipe ao lado do irmão Torben em 1983.
A última edição do Mundial de Snipe foi disputada em 2017, em La Coruña, na Espanha. A dupla porto-riquenha Raul Rios e Mac Agnese foi a campeã.
Dois barcos espanhóis completaram o pódio com Gustavo del Castillo Palo/Rafael del Castillo Palo, em segundo, e Rayco Tabares Alvarez/Gonzalo Morales Quintana, em terceiro.
Os gaúchos Alexandre Paradeda e Lucas Chilatz seriam medalhistas de prata, mas foram desclassificados na última prova após um protesto.
Brasil tem tradição no Snipe
O País sediou outras quatro vezes o Mundial de Snipe. A primeira vez foi em 1959, em Porto Alegre (RS), com o título ficando para o dinamarquês Paul Elvstrøma, lenda da vela internacional com quatro ouros olímpicos.
Em 1971, no Rio de Janeiro (RJ), o primeiro lugar ficou com os norte-americanos Earl Elms e Craig Martin. Em 1993, a capital gaúcha Porto Alegre sediou novamente o Mundial de Snipe e o ouro ficou para os argentinos Santiago Lange (campeão olímpico na Rio 2016) e Mariano Parada.
Em 2013, os brasileiros Bruno Bethlem e Dante Bianchi ficaram com o título na edição do Rio de Janeiro (RJ). foi a única vez que uma dupla nacional ganhou a competição em casa.
No entanto, o Brasil tem ao todo 13 duplas campeãs mundiais de Snipe. A última conquista foi em 2015, na edição de Talamone, na Itália. A dupla Mateus Tavares e Gustavo Carvalho subiu no lugar mais alto do pódio.
Vale destacar que o primeiro título mundial da vela nacional foi na Snipe. Em 1961, em Rye, nos Estados Unidos, os irmãos Axel e Eric Schmidt foram campeões.
Sobre o barco
Classe: Snipe Class International Racing Association
Nº de tripulantes: 2
Designer: William Crosby
Material do casco: madeira ou fibra de vidro
Ano do primeiro projeto: 1931
Comprimento do casco: 4,7 m
Quantidade de vela: 2 (mestra e buja) Peso do barco: 173 kg
Baixe o Aviso de Regata do Mundial de Snipe 2019
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