Mixed relay no triathlon
Leitores do LANCE! Na semana passada, o Comitê Olímpico Internacional anunciou uma série de inclusões de provas para os jogos de Tóquio 2020 e uma delas é a entrada do revezamento misto no triathlon, também conhecido como mixed relay. É uma prova que tem tudo para se tornar uma das mais vistas nas próximas olimpíadas pelo grande show que é!
O formato é o seguinte: quatro atletas por país competindo em equipes mistas de dois homens e duas mulheres com revezamento entre eles. O momento da transição – como chamamos na modalidade – já é emocionante, imagina com seguidas trocas e com várias de câmeras e drones para não se perder nenhum detalhe? Será um sucesso.
Cada atleta completa um triathlon “super-sprint” de 300 metros de natação, seis quilômetros de ciclismo e 2 quilômetros de corrida antes de entregar ao seu colega o bastão. A ordem de largada é: mulheres, homens, mulheres e homens. A primeira equipe em toda a linha de chegada é o vencedor.
Como disse acima, esse tipo de disputa é mais atrativa para o público, para a TV e para os próprios atletas que competem em equipes representando seus países.
É o triathlon mostrando que é o esporte da vez e tem tudo para crescer no país, com mais este tipo de prova sendo incluída nos calendários regionais de competições.
Me perguntaram se o Brasil teria chance de pódio se essa prova estivesse no calendário desde o começo. Acredito que chegaríamos perto em Sydney 2000, onde nossa equipe era forte e competitiva. Não falaria em medalha, mas poderíamos brigar por boas posições. Foi a única vez que fomos com três homens e três mulheres.
Fica claro, mais do que nunca, que projetos como a Escolinha de Triathlon Formando Campeões, com sede em Curitiba (PR), é um dos caminhos para fomentar novos atletas e dar condições ao Brasil de ter uma equipe forte para o revezamento ou mesmo no individual. O que vimos na Rio 2016 está longe!
Obrigado pelo espaço e até a próxima!
Juraci Moreira – triatleta com participação em três olimpíadas