O nadador Thiago Pereira falou tudo e mais um pouco ao blog Tips4Life, de Gabriela Pugliese. O material completo está no instagram @gabrielapugliese e no site http://www.tips4life.com.br/.
Raio-X: Thiago Pereira
Oie!
Eu sei que a copa chegou e a partir da próxima quinta-feira, só falaremos sobre isso. Mas como o Brasil não é só futebol e nós precisamos incentivar e enaltecer nossos atletas de outras modalidades. O Raio-X de hoje é com o nosso medalhista olímpico, Thiago Pereira.
Muito orgulho dos nossos atletas!
01- Vi que você começou a nadar com 2 anos de idade e aos 12 já começou a competir. Como era sua rotina? (escola, avaliações, provas em outras cidades etc…
Comecei a nadar por uma ironia do destino: quase morri afogado. Eu tinha 2 anos, estava na casa do meu tio brincando, e acabei caindo na piscina. No dia seguinte minha mãe já me colocou na escolhinha de natação e desde então até os meu 12 anos eu cheguei a fazer varios outros esportes: basquete, futsal, handball. Era aquela fase que a gente fazia o que a turma estivesse fazendo. Quando fiz 12 anos decidi que natação era o esporte que que gostava e que eu queria continuar competindo.
Até os meus 15 anos eu conseguia conciliar bem porque as competições que eu participava eram mais regionais e aos fins de semana. Com 16 anos eu me mudei de Volta Redonda para Belo Horizonte pra nadar pelo Minas Clube e a partir daí minha rotina mudou totalmente: eu caía na água às 5, treinava até às 6:30, entrava no colégio 7:30 e ainda tinha mais um treino depois da aula. Nessa fase minha rotina já era bem pesada e as competições semanais e internacionais exigiam que eu faltasse em algumas aulas, o que sempre foi compreendido pelos colégios que frequentei.
02- Mesmo naquela época você seguia alguma alimentação especial ou comia junkie food como todo menino de 12 anos? E hoje em dia, como é a sua alimentação?
Eu tentava me regrar um pouco, mas sempre fui meio doceiro. Além disso, quem não gosta de um junkie food?
Quando a gente é mais novo não percebe a importância da alimentação, não só para o esporte, mas principalmente para a nossa saúde. O metabolismo mais acelerado e o excesso de energia também ajudam a disfarçar os prejuízos de uma alimentação desregrada. Eu mesmo demorei um tempo para perceber o quanto pequenas mudanças na rotina alimentar interferem na performance de um atleta.
Posso dizer que passei a ter uma alimentação mais regrada e saudável quando fiz minha preparação para Londres, que foi quando passei a ter o acompanhamento de uma nutricionista e de um médico no meu dia a dia. Nessa fase resolvi fazer tudo que tinha ao meu alcance para buscar meu maior sonho: uma medalha olímpica.
Desde então passei a encarar essa preparação como hábito diário: tomar bastante água, me alimentar de 3 em 3 horas, equilibrar a ingestão de carboidratos e proteínas e fazer uma suplementação prescrita por um profissional. Acho que esse hoje é um dos maiores desafios: entender que não é porque eu ou qualquer outra pessoa está tomando determinado suplemento que ele vá ser bom e indicado para todos. E se serve de motivação para vocês, eu continuo comendo meus doces, mas agora com mais moderação e na hora certa.
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