Triatleta e gestor esportivo, Juraci Moreira falou com exclusividade ao LANCE sobre o Ironman

Ironman: de uma aposta ao sucesso

Por Juraci Moreira

Olá Leitores do Lance! Neste fim de semana será realizado o Ironman Florianópolis, um dos eventos mais aguardados do triathlon na América Latina. Para quem não sabe o Ironman surgiu em 1978, no Havaí (EUA), a partir de uma aposta entre 15 homens.

A ideia era saber quem era o melhor atleta entre nadadores, ciclistas e corredores. John Collins, comandante da marinha americana, sugeriu então uma disputa que englobasse as três provas havaianas mais importantes: a travessia de 3,8km de natação de Waikiki, a corrida ciclística ao redor de Oahu (180km) e a tradicional maratona de Honolulu (42.195m). Quem terminasse a prova em primeiro lugar seria aclamado como “homem de ferro”. Doze dos 15 participantes completaram a prova, que teve como primeiro vencedor Gordon Haller (11h46min58seg).

De lá para cá, o desejo de superar o desafio ganhou tanta fama que a própria distância dentro do triathlon ficou conhecida como “Ironman”. Mas vale lembrar que a marca não ganhou status de maior evento de triathlon do mundo por acaso. O que era apenas uma disputa de três modalidades esportivas e virou um grande espetáculo, que exige um staff de alto nível para recepcionar os mais de 2 mil atletas inscritos, agrega familiares e amantes do esporte outdoor e ainda atrai investidores de vários setores. Além da competição entre adultos foi criada a Ironkids, prova com distâncias adaptadas para crianças dos 5 aos 17 anos. Existe também uma feira no qual fornecedores diversos produtos e serviços ligados ao esporte podem fazer contato com praticantes e fãs da modalidade. Com tantos atletas, profissionais e torcedores circulando pelas cidades sede da prova, o comércio e o turismo também é diretamente impactado, fazendo bem para a economia local.

Ou seja, o Ironman virou um grande negócio e o maior beneficiado é o esporte. O triathlon, cresceu no Brasil e no mundo graças a visibilidade que o Ironman proporcionou para a modalidade. Inclusive, por isso, as demais distâncias – short, long e olímpica – precisam aproveitar a oportunidade para mostrar seu potencial e assim continuar desenvolvendo o esporte que tanto amamos. Neste domingo então, vamos torcer pelos nossos atletas de ferro, valendo vaga no Mundial de Kona! Abraços!

Compartilhe

CATEGORIAS

Mais posts

Nos envie uma mensagem