Thiago Pereira no O Globo: Vai, Thiago, vai

Experiência a serviço do Brasil nos Jogos Sul-Americanos

A repórter Sanny Bertoldo conversou com o campeão das piscinas. Leia mais

Já foram muitas as convocações para o Sul-Americano. Tantas que Thiago Pereira, hoje com 28 anos, nem se lembra direito. A exceção remonta ao início dos anos 2000, mais precisamente 2002, quando os Jogos foram disputados na cidade de Belém, no Pará.

— Foi quando consegui um resultado que me motivou a quebrar marcas. Nos 200m peito, nadei para 2m17s e fiquei com o ouro. Tinha 16 anos e cheguei perto do índice para o Pan de Santo Domingo. Depois, consegui a vaga e acabei em quarto. O resultado em Belém não era o esperado — conta ele. — Guardo com carinho esse evento.

Dono de uma prata olímpica nos 400m medley em Londres-2012 e dois bronzes mundiais em Barcelona-2013 (200m e 400m medley), Thiago mais uma vez estará em uma edição dos Jogos Sul-Americanos, dessa vez em Santiago, no Chile, entre 7 e 18 de março. Ele é o destaque da natação brasileira, que terá 28 atletas (14 homens e 14 mulheres), e vai disputar os 200m medley e os 100m costas. A equipe viaja no próximo dia 4.

— É importante, pois dá ritmo até o Maria Lenk (em abril, em São Paulo). Antes, os eventos começavam só em abril. Esse ano é atípico. Nadamos em janeiro, na Austrália (em um torneio para convidados em Perth), e só vamos parar no Mundial de piscina curta em dezembro (em Doha, no Qatar) — explica Thiago, que não acredita que possa bater algum recorde na competição. — Entro para ser campeão, mas ainda está cedo para reduzir marca, pois estamos treinando bastante, e o polimento deve ser completo para o Maria Lenk, que vale vaga para o Pan Pacífico (em agosto, na Austrália).

A grande ausência do grupo é o campeão olímpico e tri mundial nos 50m livre Cesar Cielo. Treinando em Phoenix, nos Estados Unidos, ele optou por continuar sua programação na cidade americana e virá ao Brasil em abril, para o Maria Lenk. Nada, no entanto, que ofusque a importância do evento.

— Nossa equipe mesclará a experiência com novos atletas e, mais importante que o nível técnico, é a oportunidade de mais uma competição internacional com um modelo próximo aos Jogos Olímpicos — acredita Ricardo de Moura, supervisor técnico de natação da CBDA. — É o primeiro evento multiesportivo do ciclo até 2016. Por isso, podemos utilizá-lo como estratégia de desenvolvimento rumo aos Jogos Olímpicos do Rio. É, também, uma boa oportunidade para lançar e amadurecer novos valores.

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