Rose Vilela, mãe de Thiago Pereira, escreve ao Lance! sobre o Dia das Mães

Neste domingo, o Lance! publicou na página 4 um artigo especial de Rose Vilela, mãe de Thiago Pereira, falando sobre o Dia das Mães.

Feliz Dia das Mães!. E como é bom ser mãe do Thiago Pereira, orgulho do esporte brasileiro. Recebi o convite do Lance! para escrever sobre essa data especial e me senti honrada em representar todas as mães dos atletas do País, que sofrem junto com seus filhos nas piscinas, quadras, tatames e estádios, sem se importar com a temperatura ou com o próprio bem-estar. Somos as primeiras a apoiá-los após uma derrota, somos as primeiras a colocar limites quando tudo dá certo, somos as primeiras empresárias e gestoras, algo imprescindível nos dias de hoje. Os gritos de Vai Thiago! Vai meu filho! têm uma bagagem, carregam muito treino, horas sem dormir, muitas orações, cobranças nos estudos e muito amor. Vou contar como surgiu a expressão. Uso apenas um verbo e o nome dele para dar força, motivação e inspiração nas provas. É o nosso grito de guerra. Desde pequeno, o Thiago Pereira ouve meus berros das arquibancadas e a maior parte do público desde o Pan de 2003. Não me arrependo de nada e faria tudo outra vez!

Desde os dois anos de idade, ele já me impressionava com sua a sintonia e alegria dentro do ambiente aquático. O Thiago e a piscina pareciam um só corpo. Saltando,mergulhando com olhos(lindos…) arregalados ao voltar pra superfície. E foi com muita água e picolé de coco que sua infância foi marcada. Era sagrado ir ao clube aos sábados e domingos em Volta Redonda (RJ).

Depois de colocar meu filho em uma escolinha de natação da creche e do clube, eu resolvi dar outras experiências esportivas pra ele, que se aventurou como um valente goleiro no futsal e um habilidoso jogador de basquete. Mas, tudo está escrito! Aos 12 anos ele fez uma decisiva escolha: a natação. Como na nossa cidade tinha muito campeonato, o Thiago foi competindo, competindo, até chegar ao status de federado pelo Clube dos Funcionários da CSN.

A alegria tomava conta das arquibancadas da região Sul Fluminense, de torcer para aquele filho franzino que enfrentava os desafios com tanta dedicação, concentração e firmeza, vencendo a cada dia um novo desafio. VAI THIAGOOOOO! VAI MEU FILHO!!!!

Meu coração se alegrava, ao perceber que suas dificuldades aumentavam junto com sua determinação em superá-las e que cresciam na mesma proporção. Foi também um desafio pra mim, pois as arquibancadas foram aumentando de tamanho, no estado, no Sudeste e no Brasil. Na minha bagagem de torcedora não havia cronômetro, muito menos uma tabela de índices. Apenas lanches, o grito na garganta e um “colinho”, quando os resultados não atendiam as expectativas DELE, pois pra mim já era um orgulho enorme de estar competindo.

Aos 16 anos, nova decisão, nova escolha, precisava avançar, rumo à capital mineira para aperfeiçoar, e com olhos lacrimejando na porta da República ,onde moraria, eu disse: VAI THIAGO!!!!!VAI MEU FILHO!!!!!!! Foi minha primeira experiência de medir o choro em quilômetros, pois eu cai em prantos os 450.000 metros de Belo Horizonte até Volta Redonda. Ele foi!!!!!

Hoje, cidadão do mundo, o meu grito solitário ganhou um coro nacional, as arquibancadas e títulos são cada vez maiores, mas seu coração e caráter cresceram da mesma forma. Das arquibancadas da vida e de toda a eternidade ele sempre ouvirá: VAI THIAGO!!!!!!!!! VAI MEU FILHO!!!!!!!!!!!!!

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