Brasileira nada por 11 horas e vence ultramaratona aquática na Itália

Patrícia Farias passou por verdadeiro teste de superação para concluir os 36k da Travessia Capri-Nápoles, uma das mais prestigiadas do circuito mundial

Guerreira! Essa com certeza é a palavra de define Patrícia Farias após nadar por 11 horas seguidas e vencer a travessia solo feminina da “Maratona do Golfo – Capri-Nápoles”, uma das mais prestigiadas do mundo. A brasileira saiu da ilha de Capri às 9 horas da manhã (horário local) desta sexta-feira (30/06), enfrentou corrente contra, mar ondulado, vento forte de frente, viu seu barco de apoio quebrar, perdeu uma hidratação, superou enjoo e chegou na bela cidade de Nápoles às 20h, finalizando dentro do tempo limite os 36 quilômetros de prova.

“Essa foi a prova mais difícil da minha vida, muitas emoções em um só dia! Como o presidente do comitê organizador da prova disse, essa foi a edição mais difícil em termos de condições climáticas. A corrente estava boa no começo da prova, nadei tranquila. Com 2 horas de prova entrou um vento, corrente contra, mas mesmo assim consegui imprimir um ritmo forte, que dava a impressão que seria possível finalizar a prova bem, em torno de 7, 8 horas. Mas faltando 10 quilômetros para o final, entrou um vento muito forte de frente pra mim, que deixou a corrente contra ainda mais forte e o mar muito ondulado. Tirei forças de sei lá onde, de onde nem tinha, para finalizar. Mas foi uma experiência incrível, que vai ficar marcada na minha pessoal e profissional como atleta”, contou a nadadora carioca.

A batalha de Patrícia faz juz ao histórico da prova. Até 1992 o trajeto no mar Tirreno era a única travessia que garantia ao vencedor o título de campeã(o) mundial de Águas Abertas, tamanha a dificuldade da prova. Por isso também, em 2002, a ultramaratona passou a integrar o Grand Prix da FINA, maior circuito mundial de provas de longa distância (acima de 15k). Além do GP, outras duas janelas são abertas durante o ano para realizadar a travessia de maneira solo, como Patrícia, ou em forma de revezamento. A próxima janela será em 14 de julho e o Grand Prix ocorre em 3 de setembro.

“Ter passado por tudo isso e conseguir concluir a prova só ressalta que nós somos capazes de nos superar, especialmente nós mulheres, de ir além dos limites, como eu fui, e alcançar nossos sonhos e metas. Foi uma experiência incrível e muito gratificante”, destaca a atleta.

Patrícia Farias tem 35 anos e é a única mulher que realizou a Travessia Do Leme ao Pontal, a maior maratona aquática do Brasil (35k). Atleta federada em piscinas até os 16 anos, passou a se dedicar à natação em águas abertas em 2011, sob orientação do treinador Renato Ribeiro, um dos grandes especialistas na modalidade. A carioca tem no currículo um título brasileiro nos 10k (2013), foi vice-campeã da tradicional 14 Bis (2016), entre Bertioga e Santos, e medalha de bronze na ultramaratona aquática da Ilha do Mel (2016).

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Foto: Renato Ribeiro

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