Marcos Campos é o novo recordista da travessia Do Leme ao Pontal

Nadador de Taubaté supera recorde de 2008 que pertencia à Luiz Lima, primeiro a realizar a maior maratona aquática do país

7h34min!! Esse foi o tempo que Marcos Campos levou para cruzar Do Leme ao Pontal nadando! A maior travessia em águas abertas do Brasil tem 35 quilômetros de extensão e com esse resultado o nadador quebrou um recorde que durava 9 anos, estabelecido por Luiz Lima, um dos maiores fundistas da natação brasileira e primeiro atleta a realizar o prestigiado trajeto, tema do clássico soul de Tim Maia.

“Fiquei muito feliz em fazer uma travessia crescente, melhorando as médias conforme os trechos foram passando Foi muito motivador. Acredito que esse tempo ainda vai baixar, é um percurso ainda novo para muitos fãs da maratona aquática. Acho que nós que participamos dessa primeira janela vamos contagiar muitas pessoas, motivar a galera á se desafiar, conquistar novos mares e superar seus limites”, destacou o atleta de 32 anos.

A travessia, organizada pela Leme To Pontal Swim Association (LPSA), foi oficialmente homologada pelas autoridades competentes em junho de 2016 e segue as regras das principais travessias do mundo, como o Canal da Mancha, Canal da Catalina, Estreito de Gibraltar, entre ouras. A proposta é colocar o país na rota mundial dos ultramaratonistas aquáticos. Em 2016, foram 6 tentativas entre travessias individuais e em forma de revezamento.

No breu das águas cristalinas do RJ

Para Marcos, um dos maiores desafios que o desafio Do Leme ao Pontal apresenta é a natação noturna. A largada da prova sempre ocorre de madrugada para maior segurança dos atletas. “Acordei às 1h30 mas não havia conseguido dormir direito por conta da ansiedade. Caímos na água as 3h30. Além de ser algo muito estranho para o corpo, já que ele não está habituado a realizar atividades físicas à noite, temos que ficar muito atentos para não fazer nenhuma ‘barriga’ no percurso. A única referência que temos são as luzes do barco de fiscalização, mas ele não faz o trajeto, só acompanha o nadador, que dita o ritmo e caminho”, ressaltou.

Além da natação noturna, também são alguns os obstáculos do percurso a longa distância, as correntes contra – que felizmente não entraram neste período- e a baixa temperatura da água – que pode chegar à 16 graus em alguns meses. “Com certeza essa adrenalina é um grande atrativo para a Travessia. Com certeza vou trazer mais alunos e amigos para tentar. A organização foi excelente, sempre buscando manter a segurança do começo ao fim da prova. O mar também estava muito mexida à noite por conta da ressaca, mas assim que o Marcos entrou na Barra da Tijuca a água ficou lisa, ele deslanchou, nadou muito empolgado e feliz. Deu pra apreciar o visual maravilhoso do Rio de Janeiro de um ponto de visa diferente e sem dúvidas muito marcante”, afirmou Samir Barel, técnico de Marcos Campos e também de Vitor Gadelha, primeiro atleta do norte e nordeste a concluir o percurso.

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