Brasileiros estão parados na calmaria na Transat Jacques Vabre‏

Barco Zetra não andou nem 200 quilômetros em 24 horas na passagem pelos Doldrums. ”Está uma tortura isso aqui”, disse o brasileiro Renato Araújo sobre a passagem pelos Doldrums do Oceano Atlântico, um dos pontos mais importantes do percurso Transat Jacques Vabre. Enfrentar a calmaria próxima à Linha do Equador é obrigatória para todos os barcos que disputam a maior travessia transatlântica do mundo. Mas o ponto, que chegou a ser chamado de Latitude dos Cavalos no passado – barcos mercantes jogavam os animais na água por falta de ração durante o marasmo – está se tornando uma pedra no sapato do veleiro Zetra, o primeiro 100% brasileiro da história da regata. Em 24 horas, o campeão olímpico Eduardo Penido e o empresário Renato Araújo andaram menos de 200 quilômetros. ”Foi uma noite estressante. Mudamos de direção mais de 20 vezes para tentar pegar vento. Sem contar a chuva que não parou”, relatou Renato Araújo.

Os Doldrums também são encontrados nos oceanos Pacífico e Índico. A zona de convergência intertropical registra ventos calmos em quase todo o dia, mas rajadas fortes aparecem sem aviso prévio e sem direção. A navegação fica confusa e o trabalho a bordo aumenta consideravelmente. ”Ainda bem que é um barco. Se fosse avião tinha caído”., contou Eduardo Penido.

O Zetra segue na sexta colocação na Class40 e deve concluir o percurso até Itajaí (SC) no dia 23 de novembro. ”O pessoal que estava atrás chegou e a gente está na expectativa de sair logo daqui. Nos Doldrums pegamos 90% do dia sem vento nenhum, depois vem uma ventania. Esperamos sair dessa região esquisita até a sexta-feira (13)”, contou Renato Araújo. ”Saindo daqui será uma nova largada. O traçado até Itajaí será uma linha reta passando por Noronha”.

Pegar o líder da Class40 é uma possibilidade quase nula para os brasileiros, que encaram a regata pela primeira vez. O objetivo é tentar diminuir a distâncias para o quinto colocado e não deixar os que estão atrás encostar. A largada da Transat Jacques Vabre ocorreu em 25 de outubro com 42 barcos, mas 17 ficaram pelo caminho.

Os campeões de três classes já foram conhecidos na regata: FenêtréA Prysmian (Multi50), PRB (IMOCA) e Macif (IMOCA).

Sobre a TJV2015

A regata, que é disputada em duplas, larga sempre da cidade portuária de Le Havre, na Normandia, com destino a um país produtor de café, característica que lhe rendeu o apelido de “Rota do Café”. Já tendo passado por cidades como Cartagena (Colômbia), Puerto Limon (Costa Rica) e Salvador (BA) em 11 edições, essa será a segunda vez que a competição terá a cidade catarinense como chegada. Em 2013, a regata reuniu mais de 590 mil visitantes nas duas Vilas da Regata (Le Havre e Itajaí).

Mais informações no site www.transat-jacques-vabre.com/br
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Twitter: https://twitter.com/TransatJV_br

 

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