Momento histórico do polo aquático, por André Avallone


Técnico da seleção brasileira e do Sesi-SP escreveu ao LANCE! sobre os resultados recentes


Oi pessoal do Lance! Aqui é o André Avallone, técnico da Seleção Brasileira de Polo Aquático. Na última semana, no SESI da Vila Leopoldina em São Paulo, o Brasil foi campeão da Copa UANA (Union Americana de Natacion) após uma disputa emocionante contra os EUA na decisão por pênaltis. O resultado nos garantiu no Mundial de Desportes Aquáticos de 2019, que será realizado em Gwangju na Coreia do Sul, em julho.  

O torneio reuniu quatro países: Argentina, Brasil, Canadá e Estados Unidos que buscaram as duas vagas para o Mundial. Entramos para a história ao vencer o Canadá e os Estados Unidos no mesmo dia. Nosso time precisava de ritmo de jogo, algo que os adversários tinham. Ganhamos na raça e no físico.  


Na semifinal, contra o Canadá, vencemos por 15 a 5 e conquistamos a nossa tão sonhada vaga. Foi um jogo sensacional, trabalhamos bastante para conseguir essa classificação. 


Conseguimos essa vaga não apenas com os jogadores, mas com a ajuda de todo o staff, de toda direção, sem eles, não teríamos conseguido. Eles nos deram todo o apoio e acreditaram nesse time que agora está classificado. 
Esse é um grande passo rumo ao Pan-Americano e para a nossa sonhada vaga olímpica. Recomeçar com um título é sempre muito bom para a gente. 

Na final, contra os Estados Unidos ganhamos nos pênaltis por 12 a 10. No tempo normal, o placar ficou 9 a 9. Estávamos com a torcida a favor, que fez muita diferença, e fizemos um jogo muito disputado com uma das melhores seleções do mundo. O Gustavo “Grummy” Guimarães, atacante do Brasil, foi pela segunda vez o melhor jogador da competição (MVP). 


Agora para o Mundial e Pan precisamos jogar mais, ver mais escolas de polo aquático, jogar mais contra países europeus. O grande foco é o Pan, pois vale vaga Tóquio-2020. Vamos usar o Mundial para dar rodagem ao grupo.  É um trabalho a longo prazo, é um time que tem muito para crescer. Nós sabemos do nosso potencial, temos que ter os pés no chão e acreditar que podemos evoluir aos poucos.


Para finalizar, queria dizer que foi uma honra comandar a seleção com meus amigos, família e torcida jogando juntos. Foi um dos momentos mais especiais da minha vida. Até a próxima

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