Atletas sofrem em ‘noite selvagem’ no Oceano Antártico

As últimas horas da quinta etapa da Volvo Ocean Race foram bem complicadas e perigosas para os atletas que navegam rumo ao Brasil. Passando pelo Oceano Antártico, as equipes foram obrigadas a fazer manobras e trocas de vela arriscadas na alta velocidade do vento de popa. Os veleiros ficaram literalmente colados na água. Apesar da complexidade dos movimentos, nenhum velejador saiu ferido. O brasileiro Andre ‘Bochecha’ Fonseca, integrante do MAPFRE, participou das manobras. Clique aqui para ver como é um jibe chinês.

“Quando o mastro ficou quase grudado na água eu sofri o maior susto da minha vida”, disse o repórter a bordo do MAPFRE, Fran Vignale. “Tivemos que reparar velas e perdemos tempo com isso. Mesmo com o susto e as manobras, não perdemos muito tempo e conseguimos nos recuperar”.

O time do Dongfeng foi o primeiro a relatar a realização dessa manobra, chamada de jibe chinês. “Levou de duas a três horas para resolver a confusão, o barco estava todo de lado”, disse Yann Riou, repórter a bordo da equipe vermelha.

O comandante Charles Caudrelier relatou a experiência. “Curioso experimentar o meu primeiro jibe chinês e um barco chinês. Será uma história que contarei para todas as gerações, mas confesso que a noite passada foi um inferno. Ficamos deitados na água, com 40 nós de vento e 5 metros onda. Isso não é divertido. Estranhamente, no entanto, esta posição é muito calma e tranquila a bordo. Não temos o barulho usual e dá para se comunicar”.

A liderança da etapa cinco – entre Auckland e Itajaí – está nas mãos dos holandeses do Team Brunel. O Abu Dhabi é que está mais próximo deles. Em terceiro está o Team Alvimedica, seguido pelo MAPFRE, Dongfeng e Team SCA.

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