Aline Silva escreve ao LANCE! sobre o Dia Internacional da Mulher

Para as mulheres guerreiras
Por Aline Silva – vice – campeã mundial de luta olímpica e medalhista pan – americana. A atleta defende o Sesi-SP

Olá leitores do LANCE!. Fiquei muito feliz ao ser convidada para representar as mulheres guerreiras nesse Dia Internacional das Mulheres. Toda atleta tem grandes histórias pra contar sobre as dificuldades enfrentadas em sua trajetória, no seu dia-a-dia. Comigo não é diferente. Comecei no esporte com o judô, não tinha dinheiro nem pra comprar o quimono, por exemplo. Sem contar outras coisas que custam dinheiro. Mas, como toda história de sucesso, um anjo da guarda me ajudou. Minha mãe Lídia sempre me apoiou, nas horas mais difíceis e nas vitorias. Uma mãe guerreira e sempre presente, digna de todas as homenagens nessa data.

Após a minha decisão de migrar para a luta olímpica, uma modalidade até então desconhecida no país e distante da realidade vitoriosa do judô, não demorou muito e os resultados começaram a aparecer. Fui vice-campeã mundial júnior em 2007. Mas as dificuldades não cessavam, principalmente a financeira. É nessa hora que é preciso ter garra e perseverança para continuar insistindo no sonho. Já na faculdade, passava de sala em sala vendendo lanche natural, alfajor, toalhinha bordada, e tudo mais que fosse possível para ajudar nas contas… trabalhei até como “faz tudo” em uma empresa de ofurô de um sensei de judô, só para pagar um camping de treinamento. Confesso que na época cheguei a trabalhar até com tala no pé (um machucado adquirido em treino), mas como precisava do dinheiro eu não podia deixar de ir.

São muitas histórias, de muito esforço, mas todas elas culminaram em uma só história: me tornei referência na modalidade e fui vice-campeã mundial em 2014. Um resultado inédito e que será defendido com toda minha garra. Por isso, agradeço muito a Deus por todo caminho que trilhei, principalmente pelas dificuldades, muito do que sou hoje devo a elas.

Certamente você leitor deve conhecer uma mulher que tenha uma realidade parecida. Que luta, constrói família e que não desiste. Essa é a minha história, mas poderia ser outra brasileira no esporte, na escola, no trabalho e na vida. Por isso, aproveite a data e preste sua homenagem para todas as mulheres guerreiras.

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